This article investigates a series of artworks and design objects damaged during the Planalto Riots on the 8th of January, 2023. Whereas the media quickly picked up the staggering costs of repairing the objects, this article reflects on how these objects' symbolic meaning and material history were affected by the traumatic confrontation with the neofascist Bolsonarismo movement. The overall aim is to engage with the damaged objects trying to include their perspective into the history of the Planalto Riots. The article thus highlights the iconoclastic dimension of contemporary Brazilian neofascism, which is here seen to resonate with the self-fashioning of the Bolsonarismo-movement as the enemy of modernity. By a close reading of the damaged objects, the article attempts to make sense of the symbolic dimension of neofascist violence as this was dramatized in the riots, for example, as an abuse of Justice and as an aggressive resentment toward the representation of Black women in sites of governmental power. However, the article also proposes that the objects analyzed in this study should not simply be seen as powerless victims. Instead, the rioters' violence seems to have activated their symbolic meaning and material force of resistance. The article finally argues that the Planalto Riots visualized the need to engage more profoundly in questions concerning the role and agency of art and design installed at the governmental sites in Brasilia and to what extent these could be seen resonate with an ‘authoritarian and bloody legacy’ (Thotti, 2023) that continues to haunt Brazilian society.

Este artigo investiga uma série de obras de arte e design danificados durante os motins do Planalto em 8 de janeiro de 2023. Enquanto a mídia rapidamente percebeu os custos exorbitantes de consertar as obras, este artigo reflete sobre o significado simbólico e a história material desses objetos e como esses foram afetados pelo traumático confronto com o movimento bolsonarista. O objetivo é tentando incluir a perspectiva dos objetos danificados na história dos motins do Planalto. O artigo destaca, assim, a dimensão iconoclasta do neofascismo brasileiro, que é aqui vista em ressonância com a ideologia do movimento bolsonarista como inimigo da modernidade. Através de uma leitura dos objetos danificados, o artigo tenta dar sentido à dimensão simbólica da violência neofascista, tal como foi dramatizada nos motins, por exemplo, como um abuso da Justiça e como um ressentimento agressivo contra a representação das mulheres negras em instituições de poder governamental. No entanto, o artigo também propõe que os objetos analisados neste estudo não sejam vistos simplesmente como vítimas. Em vez disso, a violência dos manifestantes parece ter ativado seu significado simbólico e sua força material de resistência. O artigo finalmente argumenta que os motins do Planalto visualizaram a necessidade de se envolver mais profundamente nas questões relativas ao papel e agenciamento da arte nas sedes governamentais em Brasília e até que ponto estes poderiam ser vistos como ressoando com um 'legado autoritário e sangrento' (Thotti, 2023) que continua assombrando a sociedade brasileira.